Uma lista de pouco mais de 20 itens bastava para esse tempo longe da família. Pasta para engraxar sapatos, cabides de roupa, prendedores de madeira, agulha e linha (como assim?), prato e copos de plástico eram apenas alguns dos itens. Parte dela foram compradas com o pai; os “frufrus” ficaram com a mãe. Lençóis, fronhas, toalhas de rosto e a certeza de que tudo tinha que ser muito neutro, senão a “zoazão” era certa. Do quesito meias brancas, achei por prudência levar o dobro. As fardas e camisetas iriam ser entregues no quartel.

A tarde que saímos juntos para resolver essa pendência – para ele, era uma coisa chata, para lá de trivial – dei risada e me encantei em ouvi-lo compartilhar os relatos das confusões, de falta de jeito dele e dos meninos que estavam virando amigos, na rotina diária do quartel. Ainda não estavam engajados, mas se preparavam para tal.

Me achei mãe de muitos, em alguns momentos. E como a curiosidade – como disse um sargento em um dos treinamentos que eles precisaram ficar horas olhando somente para um ponto à frente – faz parte do instinto feminino lá ia eu perguntar sempre: “tem foto?”.

Ser mãe de um recruta não é fácil! E o primeiro sobressalto viria logo, logo no dia da formatura da saída da vida civil para militar.

Post da sequência: A despedida; A formatura e Os barracos.