
Perceberam que desde que o mundo é mundo vivemos em grupo? E que isso pode não ser nada fácil em alguns momentos pelas nossas diferenças, pelos nossos interesses, e por que não dizer, pelo egoísmo? Então, tem a ver como “Ninguém é uma Ilha” mas também tem a ver com o desejo de mudar. De agregar. E, atualmente, percebo a importância do grupo @Bizu de Mãe.
Somos poucas. Ainda. Mas, que em dois meses o grupo vem crescendo na proporção da busca pela informação, pelo compartilhamento de experiências e pela palavra de amizade. É bom fazer parte de algo maior, coletivo. Saber que do outro lado tem alguém que se importa. Como jornalista, é uma rotina. Como mãe, é um aprendizado.
Convivemos com uma geração que vem caminhando dia a dia para o isolamento. Mas não gosto desse movimento comportamental. Nasci em um tempo e um espaço que essa intenção estava fora de cogitação. Sou uma gaúcha que o convívio com o vizinho era estreito; a cuia de chimarrão circulava em roda pelo simples fato de ser bom poder estar com o outro e incentivar a conversa do dia; os almoços de domingo eram sagrados; e o amigo virava irmão. O da escola, o da faculdade, o do trabalho. O mundo não era cor de rosa, longe disso, mas era possível se sentir pertencente.
Não sou psicóloga, no máximo uma pós em psicopedagogia. E, longe de mim fazer uma análise desses novos tempos de forma profissional, mas creio que sou capaz de pontuar algumas coisinhas que me levaram a pensar em escrever sobre o impacto do convívio com o outro, ou a falta de.
Falta de tempo, mil e uma tarefas que levam a uma agenda cheia, ansiedades que são reflexos de imposições de moda, de beleza, de desempenho, de super-produtividade – “precisamos sempre ser os melhores”, e que nem sempre vem em forma de reconhecimento – podem nos afastar dos outros e ficar somente na tecnologia. Se antes a máxima popular de que “o cão é o melhor amigo do homem”; hoje, com certeza, tem-se a ideia de que o “celular é o melhor amigo do homem.”
E a bola de neve vem em forma de dores de cabeça, de estômago, cistites, resultado de uma imunidade baixa. Aí surge a vontade de pertencer a um grupo , dividir nossas experiências, ter o outro para nos ouvir e aconselhar, buscar uma orientação.
Participar e interagir em grupos – mesmo que virtualmente – trazem seus benefícios. A oportunidade do autoconhecimento, ao dar vazão ao sentimento desconhecido, às novas sensações que são comuns com outras mães (ei, você não é diferente!); a empatia quando eu sinto o outro, eu entro na história do outro e aprendo com ele; o senso de coletividade porque eu preciso do outro para funcionar melhor, para tirar minhas dúvidas e entender o meu redor; o companheirismo e a parceria quando dividimos o que temos de melhor ou pior. Não importa.
Eu quero ouvir você: como tem sido sua experiência desde que seu filho entrou no quartel? O que significa participar do grupo Mães de um Recruta? O que mais a motiva a ler os posts e interagir diariamente no grupo pelo WhatsApp? Quais sãos as suas dúvidas? O que podemos ajudá-la?