Sim, essa simbiose com a vida militar nos faz parar e pensar. É uma rotina atípica, que envolve a todos, de certa forma. Estamos sempre à disposição. E paramos para refletir o que vai significar esse ano?
Lembrei de uma palestra do médico Drauzio Varella. Certa vez, ele lembrou que vale muito a pena pensarmos que podemos sair pela “porta do lado”. Como assim?
Sabe aqueles momentos que queremos que tudo dê certo, não queremos que nada falhe ou que qualquer coisa nos traga aborrecimentos? Então, é bem isso que as mães têm vivido nesses últimos cinco meses. Apostamos no certo, rezamos para que cada dia seja melhor que o outro e que nada, mas nada aconteça que possa trazer aborrecimentos aos filhos e à família. Afinal, o que pode ser destino muitas vezes pode virar um incômodo.
E aí surge o questionamento. O quanto estamos mudando o nosso jeito de ser? Pequenos aborrecimentos podem nos levar a ficar de cara amarrada o dia todo. Mas, vale a pena?
Nesta palestra, o médico lembra que com frequência situações no trânsito podem nos tirar a paciência… e o bom humor, por exemplo. Podem nos tirar a vida, inclusive, diante de tantas brigas que resultam em situações fatais. E pensei o quanto essa analogia pode servir para o nosso momento.
Mas, o que você pensa quando o vizinho estaciona o carro tão perto que impossibilita de abrir a porta do motorista? A tendência é reclamar, praguejar e dar o dia como sendo “aquele dia!”.
Não seria mais fácil entrar pela porta do passageiro? Nenhum trabalho a mais do que abrir uma porta. Pronto, tudo resolvido.
Pararam para pensar que muitas vezes comparamos a nossa vida com a do outro? “Ele tem uma vida bem parecida com a minha, mas parece que com ele tudo ocorre de um jeito tão simples, tão fácil… “
É incômodo (entrar pela porta do lado), tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel. E como esse, a maioria de nossos problemões pode ser resolvido assim, rapidinho.
Drauzio varella
24 horas do dia é pouco para tudo que se tem o que fazer. Então, porque perder o tempo e ficar mal humorado deveria ser a assertividade do dia a dia.
A indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. Estão as cores da caridade, que procura ver no outro o que tem de bom.