
Aprendi que ser mãe de recruta é viver na gangorra. Um sobe e desce agitado; ora mais tranquilo, ora mais agitado. Comparei outro dia com a correria quando começaram a dar os primeiros passos, quando se colocaram em pé e saíram tresloucados pelo espaço para descobrir o mundo. E que mundo!
No quesito Mundo Verde, estamos vivendo um período de calmaria. É um silêncio morno, quieto mas pulsante. Sempre à espera. Mas do quê?, me pergunto a cada dia que o deixo na porta do quartel. E junto a dúvida, invariavelmente, vem seguida de outra pergunta: quem somos nós, como mães? Pararam para pensar que da forma como agimos ajudamos a deixar marcas em nossos filhos? Até que ponto ser mãe é estar intrometida? Ou seja, no sentido de encontrar-se mais curiosa. Da minha parte, ser ou não mãe é estar curiosa 24 horas por dia!
Tem dias que não estão nem aí para nós. A simples pergunta: “Como foi seu dia hoje?” pode ser motivo de um esgar de boca que deve significar um “sei lá”, aquele levantar de sobrancelha que significa nada mais do que ” menos, mãe….” e até mesmo “ah, deixa para lá”. Bom é quando o pegamos naqueles dias bons que o “tudo beleza” é o máximo que vamos ouvir.
Só muda o endereço… E na reflexão das idas e vindas enquanto dirijo, penso: não basta ser mãe, tem que deixar o filho viver e experimentar.
“A preocupação começa a ser um problema quando interfere na qualidade da relação entre todos, excesso de checagem do bem-estar e pensamentos repetitivos sobre a segurança, quando o único assunto a ser discutido é a criança/adolescente e, ao longo do tempo, o casal não retoma a rotina pessoal com qualidade e independência para todos”, explica o psicólogo clínico e escritor Frederico Mattos, autor do site http://www.filhoadolescente.com.br
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Na psicologia, costuma-se traçar alguns perfis. Você consegue se identificar? Ou tem alguma sugestão? Os mais comuns são:
1. A mãe perfeccionista: geralmente é uma mulher ansiosa e controladora. Ela preza pela aparência acima de tudo, sua fachada autoritária e perfeita é uma forma de esconder seus medos. Os filhos dessas mulheres tendem a ser hipercríticos de si mesmos e, frequentemente, sentem-se inadequados e vazios.
- Pontos fortes: Têm um forte senso de compromisso nos relacionamentos. São responsáveis e confiantes em tudo que fazem. Valorizam o trabalho e a persistência acima de tudo, pois é através dessas qualidades que enfrentam seus desafios.
- O lado emocional: Acham que a opinião dos outros é sempre melhor ou mais importante do que a deles mesmos. Frequentemente acham que os outros estão sempre os julgando. Ou seja, vivem para realizar as expectativas dos outros.
2. A mãe imprevisível: ansiosa, irritada e excessivamente emocional, esta mãe é dominada por seus sentimentos e, por isso, o seu estilo parental é baseado em seu humor. Este é o tipo de mãe mais caótico de todos. Ela cria problemas, dúvidas e crises em sua imaginação, é muito influenciada pelas suas emoções, e descarrega toda essa energia em seus filhos.
- Pontos fortes: Eles têm excelentes habilidades para se relacionar com as outras pessoas e uma capacidade enorme de empatia. Muitas vezes são grandes motivadores e sempre oferecem apoio emocional aos seus colegas, bem como amigos e familiares.
- Lado emocional: Crescem com uma necessidade intrínseca de cuidar das pessoas e de seus problemas emocionais. Têm tendência a serem dominados por fortes emoções como a raiva, a ansiedade e a depressão. Aprendem desde cedo a ler as pessoas e as situações, dessa forma conseguem lidar melhor com os sentimentos dos outros.
3. A mãe “melhor amiga”: ela gosta de tratar seus filhos de forma igualitária, dessa forma evita a responsabilidade de estabelecer limites. Este tipo de mãe acredita que a sua vida acabaria caso ela abraçasse a maternidade com todo o seu ser, então ela evita a responsabilidade desse papel. Tanto a criança quanto a mãe se tornam confidentes uma da outra e, apesar disso não ocorrer voluntariamente, a criança acaba ficando sem uma ”mãe”. Neste caso, as necessidades emocionais da mãe são tão grandes que ela tentar preenchê-las através da criança.
- Pontos fortes: Compreendem a necessidade da existência de barreiras entre pais, filhos, colegas e familiares. Devido a um senso que foi criado através da falta de uma mãe verdadeira, essas pessoas frequentemente buscam assumir papéis de liderança quando adultos.
- Lado emocional: Geralmente se sentem negligenciados e têm medo da rejeição. Tendem a se sentir ressentidos e têm dificuldade em manter relacionamentos. Frequentemente se sentem mal queridos pelos outros.
4. A mãe “eu em primeiro lugar”: é um dos estilos maternais mais prevalecentes hoje em dia. Essas mães são incapazes de verem seu filhos como indivíduos separados de si mesmas. Seus filhos precisam aprender desde cedo que o papel deles é adular a sua mãe.
- Pontos fortes: São muito bons em apoiar os outros. São intuitivos e perspicazes em todos os tipos de relações. São leais e solidários, capazes de observar as dificuldades alheias e solucionar seus problemas.
- Lado emocional: Têm dúvidas quanto à capacidade de tomada de decisão. Têm dificuldade em confiar nos próprios sentimentos e veem a opinião de suas mães como mais importante e mais poderosa que a própria opinião.
5. A mãe completa: este é o tipo de mãe ideal. Estudos indicam que apenas 10% da população mundial tem esse perfil. A mãe completa é emocionalmente equilibrada, consegue ver seus filhos como indivíduos e os ajuda a alcançar sua própria independência. Ela pode até não ser perfeita, mas independente das circunstâncias em que se encontra ou das responsabilidades fora de casa, ela sempre está comprometida com a maternidade.
- Pontos fortes: Sentem-se amados e compreendidos, por isso não têm medo de correr riscos ou sofrer mudanças. Iniciam relacionamentos com facilidade, pois não têm medo da rejeição.
- Lado emocional:Entendem que as outras pessoas têm suas próprias perspectivas sobre a vida, por isso são bem receptivos. São capazes de navegar pelos desafios, de se tornar independentes sem se prenderem demais às suas mães.
Nossa este artigo nos faz penssar muito,qual mãe eu sou? Quem não gostaria de ser a mãe completa não é mesmo. Mas independente de qual mãe somos, pode ter certeza que para eles , mesmo com os erros, somos a melhor mãe do mundo, mesmo qdo eles pensam ou até possa dizer, que a mãe do colega é mais isso ou aquilo.
Então isso nós faz refletir e analisar como podemos ser e proceder com nossos filhos!
Um grande Abraço Aline e todos que acompanham o Blog.
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Com certeza, Tania. Sejamos a melhor que possamos ser de forma leve, feliz e com muito amor. O mundo precisa disso.
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