2020 poderia ter sido muito diferente. Sim, estava repleto de possibilidades mas uma pandemia veio se intrometer aonde não era chamada. Mas, lá no início do ano, em fevereiro – quando pouco ou nada se imaginava a dimensão de que o vírus ganharia – o mês chegou com um sim. Sim, para as mães que viram os filhos entrarem pelos portões de quartéis por esse país afora para cumprir o serviço militar obrigatório. Sim, para as mudanças incertas, por medo de tantos desconhecidos, coração apertado e gostinho de orgulho. Sim, para aprender novas habilidades como a resiliência. Sim, para o início do fim da adolescência e tudo que advém com a transição. E não, não foi fácil.

Para as milhares de mães espalhadas por aí, mas especialmente para as mães do projeto Bizu de Mãe que acolheram o apoio. Todas com nome, sobrenome, endereço, desejos, limites, dúvidas, orgulho e muito mais. Sim, ser mãe de um recruta é abrir uma caixa de surpresas e nem imaginar qual que vai pular em cada fase. Tem quem tire de letra. Claro! Mas, tem quem precisa da troca, do sentimento e da mão que sustenta. Bons dias, tudo bem e você?, hoje foi…., soma-se a uma terapia diária que significa mais do que ser educado, mas doação. Uma dica daqui, uma troca de lá com acertos e erros, com muita risada, com uma pitada de tristeza (que tem dias que chegam a ser um caminhão!), com carinho extremo por quem é desconhecido fora dos meios digitais e muito, mas muito bom humor com mulheres que ganharam até apelido: as meninas dos stickers.

E teve muitas histórias…! Os eventos oficiais, que não ocorreram para respeitar o distanciamento e evitar aglomeração, viraram a permanência no carro, em frente ao quartel, para ouvir a formatura de longe. A foto com o filho fardado foi feita em casa. A dúvida se o nariz escorrendo era do frio das guardas ou sintoma de covid. A montanha russa que só mudou de ano e ganhou nova roupagem.

Poderia escrever muito mas vou deixar que através dos relatos de cada uma venha dar o tom de como foi percorrer esses longos 10 meses desde o primeiro sim.

O Bizu de Mãe iniciou com 38 mães entre fevereiro e março. Cresceu em adeptas de todo o país, chegando a 45, e perdeu fôlego no segundo semestre. Atualmente, são 33, com diversidade de cultura e sotaques do RS, do PR, de MG, SP, RJ, BA e DF reunidas pelo mesmo propósito: entender o Mundo Verde.

Com a palavra ….

Maria Perpétua, a Perzinha Santos do face… e mae do Soldado Carlos, do 5.° Batalhão Logístico do Pinheirinho, em Curitiba (PR)
“É com muito orgulho que escrevo essas palavras para falar um pouco sobre meu filho, o Soldado Carlos, do 5.° Batalhão Logístico do Pinheirinho, minha jóia rara. A ansiedade começou no final de 2019 para que o calendário virasse e chegasse o dia da apresentação. Eu, como mãe aflita e cheia de medo, não quis interferir no sonho dele. E 2020 chegou com aquele frio na barriga e a alegria de qualquer mãe de recruta. Março veio trazendo a primeira separação com uma longa e eterna semana que não passava nunca. Mas o reencontro foi somente emoção, choro e risos ao mesmo tempo. Nesse dia, conheci rapidamente a nossa querida Aline e mais uma mãe, a Eliceia, que esperava o filho, o Soldado Arlindo 5BLOG. Dentre tantas coisas, tenho muita emoção ao lavar as roupas camufladas cheias de barro e ouvir meu filho, todo alegre, contando tudo. Muito gratificante apesar de tantos sofrimentos e medo que veio com a pandemia. Agradeço a Deus por tudo e pelo sonho realizado do meu recruta Carlos❤️”

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Lúcia, mãe do Soldado Ditadi, do 3.° Grupo de Artilharia Antiaérea, de Caxias do Sul (RS)
“Sob um sol quente, em uma manhã dos primeiros dias do mês de março, eu e minha família iniciamos no Mundo Verde. Na noite anterior, passei chorando, só para ver se diminuía a produção de lágrimas para eu não chorar na frente dele. O primeiro reencontro depois de alguns dias no quartel e a emoção foi grande, foi lindo, contagiante. O grande sonho de vê-lo Efetivo Voluntário, o Soldado Ditadi, do 3. Grupo de Artilharia Antiaérea, de Caxias do Sul. Sai de lá chorando, cheia de medos, insegurança, temendo o desconhecido porque tinha deixado meu menino. E veio o internato quando os primeiros 15 dias foram a prova de fogo. A espera pelo telefone tocar, uma mensagem dizendo mãe estou bem, a ansiedade a mil esperando por notícias, a falta dos almoços juntos e o beijo de boa noite. Depois vieram as tantas idas e vindas ao quartel. Um dia pesquisando sobre esse novo mundo, encontrei o Bizu de Mãe, onde fui recebida com muito carinho e acolhida. O coração acalmou um pouco. Percebi que era normal – ou quase normal – o coração errar as batidas pelos nosso filhos porque descobri outros exemplos. Muitas dúvidas foram tiradas, troquei idéias e sofrimentos com outras mães, me senti melhor e mais forte, e consegui também passar para ele um pouco mais de força. Foi um ano surpreendentemente diferente com a pandemia que nos limitou, e o grupo acabou sendo um suporte para tudo isso. Todas as mães unidas num só amor pelos filhos, que riam ou choravam e torciam pela vitória de cada um! Agradeço de coração a Aline, anjo da terra que me ajudou imensamente, e a todas as outras mães! Este ano, aprendemos muito a amar mais o próximo, a olhar mais para o lado, valorizar o que temos e, ao mesmo tempo, aprender a deixar ir, dar corda para a pipa e soltar, esperar pelo dia de amanhã porque tudo vai estar mais calmo! Gratidão !”🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻

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Cris, mãe do Soldado João Pedro, do 9.º Batalhão de Infantaria
Motorizada Regimento Tuiuti de Pelotas (RS)

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Eliceia, mãe do Soldado Neto, do 5.° Batalhão Logístico do Pinheirinho, de Curitiba (PR)
“É com imenso orgulho que digo ser a mãe do Soldado Neto, do 5. Batalhão Logístico do Pinheirinho, em Curitiba. Gosto de brincar que sou mãe de soldado desde que meu filho era uma criança. Ele se apaixonou por esse mundo verde desde a mais tenra idade. O que era brincadeira infantil de “marcha soldado, cabeça de papel” se tornou uma realidade em 2020. Eu vi meu menino tão doce, tão gentil se transformar a cada dia em um homem. Honrando e orgulhoso por cada conquista, de vibrar a ponto de perder a voz com cada canção de TFM, de bater a sola do coturno no chão a ponto de tremer a poeira. Também nesse processo, as lágrimas de transformação de um sonho para uma realidade, as vezes, dolorida e cansativa. Vi nos olhos dele o medo do terrivel campo, o medo de não conseguir, o medo de sentir a responsabilidade de empunhar uma arma pela primeira vez. Eu vi tudo isso de longe, ouvindo quando ele queria me contar. Algumas vezes virei filha também da Aline, meu anjo protetor, que durante todo ano me acolheu, ouviu minhas inseguranças, secou minhas lágrimas e foi a luz na minha vida e na vida do meu filho. Poderia ficar horas escrevendo sobre as mães incríveis que encontrei e que foram várias e várias vezes meu alicerce. Como não dá pra colocar tudo em palavras, eu peço a Deus por cada uma das mães do Bizu que de alguma forma foram luz em cada dia da minha vida. Peço a Deus sempre pelo dom da vida e da maternidade de cada uma. Obrigada por viverem comigo esse espetacular mundo verde.”

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Jane, mãe Soldado Johannson do Forte do Pinheirinho, em Curitiba (PR)
“Esse ano foi de muitas emoções. Foi uma experiência única ver meu filho realizar o sonho de servir o Exército. Deixei o Raul no internato chorando, porque não sabia se iria ficar bem. Vai explicar o desconhecido para uma mãe! Passado o internato, outra etapa vencida foi a volta do Campo de Treinamento. 2020 ficará marcado para sempre pelo aprendizado. Em meio a tantas alegrias e sofrimentos, conheci o grupo Bizu de Mãe e percebi que não era só eu uma mãe chorona. Foi muito bom fazer parte desse grupo.”

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Eunice, mãe do Soldado Gonçalves do 5.º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, em Curitiba (PR)
“Ser mãe de recruta não foi fácil. Foram dias difíceis, pois tivemos que aprender na marra como lidar com um mundo totalmente desconhecido para a familia. Ele sonhava em servir e conseguiu entrar, e eu vibrava com cada conquista. Precisei a aprender a lidar com sentimentos estranhos, choramos e rimos juntos, mas só Deus sabe como foi difícil. Muitas vezes eu chorei e pedi que devolvessem o filho que tinham tirado de mim. Eles passam por muitas mudanças. Tem dias que ele chegava em casa cantando e sorrindo e, as vezes, calado e se isolando de tudo. Não sei o que aconteceu para ele desistir do senho sonho, mas confesso que estou muito feliz porquê o Carlos Yuri sai na primeira baixa, no dia 8 de janeiro de 2021. Sem querer ser egoísta, eu percebi que preciso muito mais do meu filho aqui do que eles lá. Conheci o Bizu depois que uma amiga me passou o telefone. Agradeço a Deus todos os dias por ter tido o privilégio de ter a Aline como amiga. Mesmo não a conhecendo pessoalmente, ela me acolheu no grupo, me orientou e nos meus momentos de desespero ela me ouviu e eu pude dividir minha angústia e meus problemas com ela e com as mãe do grupo. Deus abençoe cada uma de vocês, porque esse foi o melhor grupo que já participei. Gratidão. 🙏🙏


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Sônia, mãe do Soldado Breno, do 8.º Batalhão de
Polícia do Exército, em São Paulo (SP)


Renata, mãe do Soldado Borges do 25. Batalhão Logístico em Vila Militar, Rio de Janeiro (RJ)
“Esse ano foi um ano diferente por vários motivos e um deles foi ter me tornado mãe de um militar. Meu filho que tinha saído de casa no dia da apresentação dizendo que não queria servir, foi picado pelo mosquitinho verde oliva. Só caí na realidade quando ele foi para o internato com aquela bolsa enorme, olhando para trás e eu me segurando não chorar. Depois desabei, em uma mistura de felicidades , orgulho e ao mesmo tempo, medo. Foi quando comecei a assistir os vídeos no YouTube e um me chamou atenção de uma mãe falando que tinha o grupo Bizu de Mãe. Entrei em contato, e e fui super acolhida pela a nossa linda Aline e pude conhecer tantas outras mães guerreiras. Como eu estavam perdidas com tudo que estava acontecendo com os filhos. Só posso ser grata ao Bizu de Mãe por ter sempre uma palavra amiga, as vezes caindo um cisco no olho de uma, que ia para no olho de todas🤭. O grupo me ajudou a controlar sentimentos. Sim porque teve vezes que tive vontade de ir lá e bater em alguém 🤭, mas passou. Hoje é muito orgulho do meu soldado Borges.”

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Theily, mãe dos IGUAIS ,os gêmeos Soldado Camilo e Soldado Migliorini, do 13º Batalhão de Infantaria Blindado, em Ponta Grossa (PR)
“E 2020 chegou e junto dele planos, desejos, sonhos e expectativas para a lista de convocação para o serviço militar. Será que os gêmeos serão escolhidos? Qual deles vai servir? Qual será dispensado? E para alegria da família, os dois foram chamados! E as minhas duvidas e curiosidades desse mundo militar começaram … Tudo era novo, pois nunca tivemos militares na família, e então que comecei a pesquisar sobre o assunto e encontrei o Blog Bizu de Mãe. Ali me encontrei nas postagens e histórias que vinham de encontro com minhas necessidades de mãe. Comecei fazer parte do grupo do whatsapp depois de conversar com a Aline, a pessoa iluminada que deu vida ao projeto, o qual sem nos conhecermos pessoalmente criamos laços de amizade e de ajuda. Com mães de vários lugares do país trocamos ideias, dicas, curiosidades. Choramos com os relatos e vitórias de cada uma e isso me ajudou a ser uma mãe mais forte nesse primeiro ano. Confesso que os iguais não estavam tão empolgados, no começo, como eu (riso). Mas com o passar dos dias, treinamentos, convivência com outros e aprendizados, foram crescendo e se dedicando a cada nova missão dada. Passaram por dias difíceis, mas foi uma verdadeira escola pra vida, um tempo em que nos faz pensar e repensar a nossa própria vida, nossa história, nosso trajeto, nossas escolhas. Um tempo difícil que nos faz aprender, ainda que na marra, que a vida tem sentido quando não pensamos só em nós mesmos, mas elevamos nosso pensamento, carinho e atenção para o próximo, não importa quem este seja. Hoje, agradeço por toda essa experiência pois foram elas que fizeram com que “os iguais” se tornassem cada dia melhores, na humildade, no companheirismo, no respeito, na ordem, na disciplina e dedicação em tudo. Sou uma mãe coruja sim… e me orgulho hoje em compartilhar que fecho o ano com o Sd Migliorini sendo o melhor na aptidão física e o Sd Camilo o Praça Mais Distinta de 2020. Agradeço a Deus primeiramente e a vocês todas do Bizu de Mãe por fazerem parte desse ano de nossas vidas.”

Imagem Theily Camilo.

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Ideise, mãe do Soldado Sanchez, do 3.º Regimento de Carros de Combate, de Ponta Grossa (PR)
Só tenho a agradecer por esse ano, e que ano, mesmo todo diferentoso dos demais. Em 2020 me tornei mãe de soldado, o Soldado Sanchez (o lindão). Hoje, falo isso com alegria e orgulho, que no começo foi muito difícil. No dia 1. de março o levamos ao quartel, no caminho veio o nó na garganta junto de um choro dolorido e sem fim que perdurou por dias. Fiquei aflita, procurando na internet como era a vida de um soldado (sempre escutava somente coisas ruins), e encontrei o Bizu de Mãe, onde veio um grande conforto quando descobri que tinha outras mães na mesma situação que eu. Ao longo do processo, aprendi a vibrar com cada ligação rapidinha e conquistas. E que emoção eu senti no dia que fui ao quartel para buscar meu filho do tão temido internato. Desabei, fiquei desesperada quando vi o rostinho cansado e tristonho dele😭😭💔💔. Môô vontade de levar correndo embora dali… Veio o tão almejado dia da entrega da Boina Preta que não pudemos ir devido a pandemia, mas que felicidade quando o vi chegando em casa, e assim é até agora quando o vejo de farda 🥰😻. O ano passou e chegamos no momento de viver a dor da despedida. Só tenho a agradecer a Aline pelas trocas de mensagens, esclarecimentos, as curiosidades, e todos os ensinamentos compartilhados e trocados entre as meninas, porque afinal somos todas guerreiras 💪🏻💪🏻💚💚. Uma vez mãe de Soldado…sempre mãe de Soldado. A partir de agora, sempre vamos nos colocar e imaginar quantas mães passarão por isso todo começo de ano. Sentimentos de alegria, choro, dúvidas, idas ao quartel e ficar em frente só para descobrir algo…Eternamente grata. Deus nos abençoe 🙏🏼🙏🏼🙏🏼😘😘😘”

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Michele, mãe do Soldado Garcia do 20.º Batalhão de Infantaria Blindado, em Curitiba (PR)
“Desde pequeno, o Felipe falava que queria servir o Exército e eu ficava com o coração apertado quando pensava nessa possibilidade. E então chegou o grande dia. Ele se alistou, foi convocado e se mudou para uma cidade bem longe. Meu Deus! Pensei que não fosse suportar e no meu desespero fui pesquisar no YouTube como era a rotina de um recruta e como era a entrega da famosa boina. Lá encontrei um vídeo com a Aline no dia formatura do filho dela. E foi aí que descobri o Bizu de Mãe. Fui acolhida por ela e fazer parte desse grupo me ajudou a suportar a distância e os medos dessa nova jornada. O Bizu de Mãe me mostrou que não era a única que sofria pelas mesmas razões e isso me fez sentir melhor. Sou muito grata por ter feito parte da vida dessas mulheres maravilhosas. Não tenho foto com meu filho fardado, não acompanhei de perto a preparação do internato, do campo de treinamento, da entrega da boina e da formatura 😢 só por ligações, mensagens, áudios e vídeos. Mas faz parte, ele está onde quer e fazendo o que gosta. Sou grata por isso. Peço a Deus que ilumine a vida de cada das mães e de suas famílias.”

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Juliana, mãe do Soldado Schonenborn do 13.º Batalhão de Infantaria Blindado, em Ponta Grossa (PR)
” Sempre quis que meus filhos entrassem no quartel mas eles queriam distância. Então, quando o Gustavo fez 17 anos falou pra mim que queria ficar entre os escolhidos na seleção. Pense na ansiedade quando chegou o dia 2 de março 2020 e iniciava a nossa nova história no “mundo verde oliva” 🇧🇷 Mistura de alegria, de dúvida, mas sempre acreditei que isso seria muito bom para o meu filho. Faria ele ver a vida de outro ângulo. No entanto, quando começou tudo era novo e quando apareceram as reais dificuldades que ele não estava preparado veio o aperto no 💓, mas logo aprendi que isso dura 5 minutos e fica tudo bem. Sou uma mãe muito grudada com meus e foi o mais difícil. Para meu filho não porque queria realizar seu sonho dentro deste mundo. Sinto-me muito orgulhosa dele e de mim por conseguir e suportar ficar sem noticias. Em julho conheci o grupo através da @Theily e foi a melhor coisa que aconteceu, porque a @Aline com suas palavras e experiência me ajudaram muito. Aprendo todos os dias como lidar com todas as situações que aparecem. Cada uma das amigas do grupo me mostram que nao estou sozinha através das experiência que cada uma passa 💓 Só tenho a agradecer por cada vida 🥰 #Aço. E agora meu filho Giulliano vai fazer parte deste mundo 💚🖤 e acho que vai ser o oposto do Gustavo, mas sei que também vou ter muitas coisas pra aprender a lidar. Então, meninas amo este Mundo Verde. Meus filhos realizaram um sonho que não consegui realizar. Por causa de uma cirurgia no joelho, nao entrei na Aeronáutica 💔 mas estou realizada nem que seja por um ano ou mais. Importante é que esta experiência vou levar para o resto da minha vida ❣️💞”

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Gis, mãe do Soldado Felix do 20.º Batalhão de Infantaria Blindado, em Curitiba (PR)
“Esse ano foi de muitas emoções, desde o começo e até agora passamos por muitas provações….😔 Mas sempre Deus e Nossa Senhora estava perto de nós. Lembro na primeira semana que o Igor entrou no quartel e fiquei sem chão. Preocupada por não ter notícias. Pedi a Deus e quando fui no computador encontrei o grupo e esse anjo que se chama Aline. Começamos a conversar – sempre muito prestativa e segura – e confortou meu coração ❤️ Minha eterna gratidão ao grupo, a Aline e a Deus e minha Nossa Senhora. Obrigada, meninas. Beijos no coração de todas💋🥰👏👏👏”

Cris, mãe do Soldado Emanuel do Forte do
Pinheirinho, em Curitiba (PR)

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Lilian, mãe do Soldado Ressel do 5.º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, em Curitiba (PR)
2020 foi intenso e emocionante. Sempre tive o sonho do meu filho servir o Exército, pois meu pai é um militar veterano. Então, investi e insisti pra que ele entrasse no quartel, mesmo sem saber o que vinha pela frente. Confesso que quando enfim o Gabriel confirmou que seria um soldado, meu coração disparou de alegria, medo, tristeza e euforia. Não dá pra explicar. Correria para arrumar tudo, preparar mochila, lista disso e daquilo, comprar os kits. E no dia 03 de março, a formatura de entrada no internato. Meu Deus! Que vontade louca de pegar meu filho e voltar pra casa. Chorei muito pela sensação de perda. Pensei: pra que isso? E olhando em volta percebi uma mãe com os olhos marejados na ponta dos pés tentando ver o filho na fila de formação. Que retribuiu o olhar, meio perdida. Nos cumprimentamos e foi aí que conheci a @Alail que me contou sobre o grupo de mães. Quando entrei no grupo pelo whastapp, foi a luz no fim do túnel. Sempre com paciência, a Aline nos passava informações e nos acalmava. Enfim, tenho muito orgulho do meu filho e sou muito grata a todas vocês “mães de recrutas” por poder dividir dores alegrias e sentimentos. Foi um ano intenso, mas de muito aprendizado. Gratidão! Deus abençoe todas nós nesta caminhada! 🥰👏🏻❤️😍🙏🏻😘🤎💚

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Eliane, mãe do Soldado dos Santos do 5° Batalhão logístico Pinheirinho, de Curitiba (PR)
“Foi em um domingo que tive meu primeiro contato com a Aline. Postei uma foto do meu filho mais velho contando que estava vivendo um dejavu . Naquele dia estava completando 4 anos que eu tinha deixado ele no quartel, e na próxima segunda seria o dia de deixar o mais novo. Ah , o coração estava muito apertado por mais que eu tivesse passado pela experiência. Naquele domingo, a Aline me perguntou se eu não gostaria de entrar no grupo e aceitei na hora. Marcamos de nós encontrar no dia da formatura, e cá estou eu. Só tenho a agradecer por tudo que temos vivido até aqui. Fica minha gratidão por todas as mães.”

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Luana, mãe do Soldado de Lemos, do 4.° Batalhão de Infantaria Leve, de Osasco (SP)
“Apesar de ser um ano bem diferente, triste com a pandemia, até aqui nos ajudou o Senhor🙌🏻🙏🏻 Foi e está sendo um ano de ensinamentos, em todas as esferas. Eu só tenho que agradecer pela vida de cada uma das mães do Bizu❤️ Feliz por ser mãe de recruta! Não sei se ele conseguirá engajar, mas está nas mãos de Deus.
No entanto, tem sido um prazer enorme essa caminhada com todas. No dia da formatura, eu estava sorrindo, mas só Deus sabia como estava meu coração🥺 Estava tomado pelo medo, pela ansiedade, pela vontade de pegar meu filho e levar pra casa. E ao mesmo tempo, um orgulho incalculável❤️ Deixei ele no quartel e fui para casa e foi a noite mais longa da minha vida🥺 Chorei demaisssssss. Até que pesquisei no Google a palavra que me identificada a partir daquela data, “mãe de recruta”, e achei a Aline do Bizu De Mãe, a Mãe De Recruta. E⁩ graças a Deus ela me respondeu. Estava sufocada pela ansiedade, pronta a voltar no dia seguinte para a terapia. Não precisei voltar porque minha terapia foi no grupo com todas as mães! Vi que não estava sozinha e assim como eu tinha mais mães que sentiam o mesmo que eu. E veio o refrigério🙏🏻🙌🏻 Aline, você é um anjo que Deus colocou em nossas vidas❤️ e meninas, vocês são maravilhosas🥰

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Gislaine, mãe do Soldado Vogel, da 8. Base de Administração e Apoio/5. DE, de Curitiba (PR)
“2020 é o ano que para muitos, ao redor do mundo, ficará marcado e para nós, mães de recruta, mais ainda. Do alistamento até sermos avisados que o Luiz Fernando tinha sido selecionado para o serviço obrigatório, foram várias etapas. Nunca irei esquecer a manhã gelada e de forte neblina quado deixei meu menino – pois era assim que via ele no primeiro dia que me despedi no estacionamento do quartel. Estava confiante que nos falaríamos por celular todos os dias, mas não foi assim. A primeira semana foi desesperadora, pois conhecia o filho que tinha. Cheio dos “não gosto disto ou aquilo”, totalmente sedentário e acima do peso para idade, então não saber como ele estava, foi insuportável. No desespero e pela pesquisa na internet, descobri o Bizu de Mãe.
Que grupo, que apoio. Minha salvação. Só tenho a agradecer todo o apoio e palavras de conforto que recebi e recebo pois não acabou ainda.”

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Tânia, mãe do Soldado David do 5. Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, em Curitiba (PR)
“Difícil descrever o sentimento que tive ao ver meu filho sendo convocado para o Exército porque foi um misto de alegria, orgulho, medo, e claro, tristeza por ter meu filho mais novo longe de mim por dias e, o pior, sem ter notícias dele. O David é meu filho mais novo e sempre foi conhecido pela bondade, sem malícia nenhuma, por isso tinha medo que sofresse muito lá dentro. Por ser meu filho mais novo nós dois sempre fomos muito apegados e eu nunca fiquei mais de um dia sem vê-lo. Quando o David foi para o internato, eu ficava a madrugada acordada esperando uma mensagem dele. Algumas noites passei chorando, imaginando se ele estaria bem. No início, levava e buscava ele todo dia. Hoje em dia já estou mais calma e muito orgulhosa dele pois está mais maduro e cheio de planos para o futuro. No começo não foi fácil, mas através desse grupo me senti mais calma e segura pois vi que não era somente eu que estava insegura quanto ao fato do meu filho estar no quartel. Obrigada, Aline por compartilhar suas experiências conosco. Ajudou muito.

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Simone Regina, mãe do Soldado Avelino do Forte do Pinheirinho, em Curitiba (PR)
“Jamais pensei que meu filho fosse servir, mas a vida tem suas surpresas. O dia da sua ida para o quartel me marcou muito. Ao vê-lo entrando de camiseta branca e o Hino Nacional tocando, foi muito emoção. Só Deus sabe o quanto foi difícil, principalmente no internato que os impossibilita de vir para casa. Depois fiquei mais tranquila, porque agora são somente alguns dias fora de casa em missões. Eu agradeço pelo grupo Bizu de Mãe que me ajudou muito nesta fase. Consegui ver o que as outras mãe passam também pela as mesmas coisas, o que me aliviou muito por ver que não estava sozinha. 🇧🇷💂🏼‍♀️ Estou muito orgulhosa de meu filho estar no quartel, que ele continue essa pessoa maravilhosa.”

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Rosane, mãe do Soldado Dallagrana do 5. Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado, em Curitiba
“Esse ano foi bem complicado. No começo do mês de dezembro de 2019, eu me separei, e o Kauan me apoiou muito. Então quando ele foi pro quartel, no inicio de 2020, mais uma vez me senti sozinha e perdida. Sofri muito sem ele comigo, noites sem conseguir dormir, dias intermináveis, mas com o tempo fui percebendo o quanto estar no quartel está fazendo bem pra ele e comecei a vibrar com tudo que ele me contava. Muitas vezes chorava escondido, também, das coisas que ele me contava que aconteciam lá. Com tudo isso posso dizer que aprendi muitas coisas boas, hoje sou mais equilibrada (risos) e ele está muito feliz e gostando tanto do quartel que quer engajar. E eu estou apoiando. Meu filho cresceu e amadureceu e, com toda certeza, eu também. Não fácil ser mãe de recruta, mas foi um aprendizado maravilhoso. O grupo foi essencial. Se eu não tivesse encontrado a Aline no dia da primeira formatura no quartel, que pudemos ir, onde recebi um abraço que eu nunca vou esquecer. Todas as vezes que eu me sentia sozinha – e não foram poucas – eu entrava no grupo e me dava conta que não estava sozinha e que muitas mães estavam passando pelas mesmas coisas que eu. O grupo tem sido um socorro pra mim, uma mão amiga.”

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Adriana, mãe do Soldado Marques, do 20.º Batalhão de Infantaria Blindado, em Curitiba (PR)
“Sou mãe de soldado. E viver essa nova fase foi uma experiência bastante emocionante. Teve altas, baixas. Choro, solidão porque ele [e tudo para mim. Ele indo para o quartel, eu me sentia bem triste apesar de ter o pai e o irmão em casa. Ele me fez muita falta. Meu filho aprendeu muito no Exército. Ele cresceu, e eu aqui fora também cresci. Percebi que nosso mundo não é somente entre quatro paredes. Eu e ele. Ele e eu. Então, temos que aprender a viver longe um do outro. O quartel me ajudou nesse detalhe também, mesmo que ainda doa. Não tem o que dizer. O importante é ele estar feliz. Eu vendo a felicidade dele, também fico feliz. “

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Antonieta, mãe do soldado Reginaldo da Base Aérea, de São Paulo (SP)
“Desde que meu filho entrou para o serviço militar obrigatório, no primeiro semestre de 2019 até seu engajamento neste 2020, confesso que muitas mudanças foram acontecendo, não só com ele, mas comigo também. Aprendi a lidar melhor com a maturidade dele. Por ele ser filho único, concentrava toda a minha vida na dele… Isso mesmo! Eu acreditava que ele não faria nada sem mim, que precisaria de mim pra tudo; e foi aí que com o passar do tempo percebi o quanto esse período fez e continua fazendo dele um homem forte, independente e responsável que nem eu mesma conhecia. Aquela superproteção contina, mas só dentro do meu coração. Não abro mão do prazer de cuidar do seu uniforme e algumas coisas que ainda está ao meu alcance (principalmente nesse período que estamos vivendo da covid 19). Digo isso porque no ano passado ele servia pertinho de casa, uns 08 quilômetros, e eu fazia questão de levar e buscar meu filho no quartel. Ainda dava carona para os irmãos de farda. Ah, que felicidade eu sentia com o carro cheio de soldados! (risos). Hoje está a 25 quilômetros longe de casa e não precisa mais de mim para ir ao serviço. Com o engajamento, ele foi transferido e se adaptou super bem por lá. Sempre que não está de serviço, vem para casa, mas os nossos encontros são menos frequente. O ano de 2020 foi de experiências e amadurecimento. Ver seu filho crescer de repente e conquistar sua independência tão rápido me causa uma satisfação compartilhada. Me apoiei no grupo Bizu de Mãe que com todo o carinho nos acolhe, escuta e transmite, através dos relatos das mães, segurança e aprendizado. Obrigada, Aline e a todas as mães que compartilham junto essa experiência.”

Foto arquivo pessoal


E no fim de 2020, tão repleto de novidades e aprendizados, o que todas as mães desejam é um 2021 esplêndido de paz e realizações! ❤️❤️❤️❤️❤️