o que você quiser quando o assunto diz respeito ao @Bizu de Mãe. Uma surpresa? Uma amizade? Uma emoção? Um acolhimento? Um passar de raiva? É, pode ser um pouco de tudo, e tudo isso misturado com outro tanto de liga que vem carregada de amor e respeito mútuo. Lindo, mas firulas à parte, se não fosse o gigante das buscas muitas mães não teriam a opção de encontrar-se em um grupo que está atrás do mesmo objetivo: entender o mundo novo que os filhos estão entrando a partir da incorporação no Serviço Militar Obrigatório do Exército Brasileiro, aprender que é possível e necessário ser resiliente – e principalmente, como fazer isso? – e formar um espaço de acolhimento onde a busca da maturidade emocional é o foco. Parece fácil? Pois é, nem um pouco. E esse processo tem suas fases, e cada fase tem seus encantos e desencantos.

E pensando na frase “ah, se não fosse o Google” que é lembrada por 8 em cada 10 mães, eu não estaria aqui escrevendo para vocês! Palmas para o buscador e para os dedos nervosos que buscam mais do que respostas às dúvidas, mas alento. E como não se emocionar? Estive do outro lado também como mãe de recruta. Mas como não me contento com pouco, quero mais. Mesmo que tenha mil seguidores no Facebook, mais de 13 mil visualizações no site Mães de Recruta, engatinhando no Instagram, meu desejo é que cada vez mais se descortine o Mundo Verde e que boa informação, mitos, polêmicas, desejos e orgulhos venha à tona. O tal comportamento de mãe e filho que precisam entender que ultrapassaram a passagem do adolescer para a fase adulta.

Entre os relatos das mães que ouço com tanto carinho e tanta gratidão está daquela que procurou no primeiro dia que o filho avisou que teria uma farda para chamar de sua. E tem aquela que esperou dizendo para si mesma após o inicio do internato, “eu olhei mas pensei: não, não vou precisar”, e alguns dias depois achou o número do celular. Ganhamos todas! A fala se repete ao se perceber que há suporte em meio ao desconhecido e tudo pode entrar nos eixos, somente com a boa informação e calma. E pior que o pedido de calma pode irritar muitas pessoas, creiam, que podem ver o bom senso como descaso. É nessa hora que a experiência da outra vira espelho e a mãe se enxerga claramente na história da outra. Contamina pelo bem e pela repetição.

O bom exemplo. Como me disse a Monica, mãe do Rio de Janeiro, “Deus marca encontro e mesmo a distância Ele faz com que ele aconteça.” Ou a Roberta, mãe da Paraíba (RN), que procurou o grupo e só avisou. “Meu filho vai para o internato. E agora?” O agora veio em resposta a muita troca de mensagens e áudios em uma tarde de domingo que antecedeu a ida. “Me abraçou, me acolheu, e o amor foi fundamental para o meu crescimento nesse período.” Ou a Luana, do interior de São Paulo, que lembra que os medos e anseios tinham espaço para serem divididos e ficarem menos pesados. A troca de experiências que ajuda a crescer. “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”, já dizia Carl Jung para demonstrar o quanto é necessário a compreensão do sentimento para finalizar fases. No caso a de recruta para soldado antigo do filho, com maestria e muito processo de passinho em passinho, que hoje multiplica entre as mães mais jovens. É tudo efeito dominó positivo que as redes permitem acontecer através de conexões que viram trocas e que viram força e aí tudo começa de novo….

E qual é a sua experiência?