Quando nasce um filho, nasce uma mãe. É no choro sinalizador de vida que se faz o momento sublime de que nunca mais seremos individuais. E não depende de idade. O tempo é o guardião desse compromisso que assumimos ao dizer sim a maternidade. E ao longo dessa trajetória, são muitas mães que vão sendo construídas. A mãe da infância, a mãe da adolescência, a mãe da fase adulta, a mãe do filho casado, e até a mãe da velhice. Por que não? É só ter a chance de nos mantermos mais um tempinho exercendo o que de melhor temos: o amor.

E dentre essas fases que mãe se descobre múltipla e que cada fase tem seus aprendizados necessários. E a mãe do recruta é que demonstra a urgência da transição para o desapego. O ultimato de que é agora ou agora. Não tem mais tempo. Deixa ir, porque o trabalho de base já foi feito. Só ter confiança, apoio, assertividade e o colo na hora que for necessário.

E assim, Bizu de Mãe deseja muitas felicidades a todas as mães, de todos os tipos, de todas as raças, de todas as vontades. Importante sempre é deixar crescer e ser feliz com as escolhas feitas!

E assim como em todos os anos, a homenagem é delas e para elas, e nada melhor do que cada uma para contar como está vivendo as primeiras fases de um novo e intenso papel. Com a palavra …

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Como mãe de recruta eu aprendi muitas coisas antes inimagináveis. A primeira é que apesar deles ficarem lindos de farda, de glamour o exército não tem nada. Aprendi que temos micro infartos todos os dias e que, apesar disso, não podemos deixar visível essa sensação, temos que nos manter fortes, firmes e positivas o tempo todo. prendi que o recruta é mais forte do que imaginávamos diferentemente deles; que amor e ódio andam lado a lado; que a mudança de humor é constante e o cansaço é visível, muito visível. Aprendi que para servir não tem tempo bom, tempo ruim, sol ou chuva, pois um bom guerreiro tem que aprender a lidar com todas as situações e todas as frustrações, apesar de nem sempre ser assim.

Aprendi que as pessoas do nosso convívio não fazem ideia dos sentimentos que assombram nossa cabeça, dia após dia e que existe várias mães passando pelo mesmo sentimento. Aprendi que existe uma pessoa incrível que pensou um dia em criar um grupo onde mães de todo Brasil pudessem se reunir, se ajudar, orar juntas e se abraçar, mesmo que a distância, mesmo que mentalmente, compartilhando do mesmo sentimento, das mesmas angustias e das mesmas vitórias. Aprendi que é difícil mais é possível (essa é uma frase que falo sempre para meu filho) e independentemente de até aonde ele for, até aonde ele quiser ir, e aonde ele aguentar ir, estarei aqui sempre de braços abertos. Afinal, amor de mãe é incondicional.”

Adriana, mãe do Matheus
Belo Horizonte, 08 de Maio de 2022.

O que dizer sobre ser mãe de recruta? Difícil descrever, lágrimas correm em meus olhos ao escrever, em pensar que o tempo passou, e passou rápido de mais, hoje sinto um desafio diário, mais muito orgulho, que não cabe dentro do meu peito, cada dia um aprendizado novo, entre sorrisos e lágrimas,meu filho, meu companheiro, meu campeão, o meu HERÓI !!! Que sua capa é a Farda! Estou amando ser mãe maravilha! Mãe de recruta💚”

Daiana, mãe do GuilhermeCuritiba (PR)

Me senti a beira de um penhasco, como uma águia e seu filhote. Me via obrigada a empurrá-lo para que só assim aprendesse a voar. E ele voou, e eu fiquei à espera da volta pois, como mãe, sempre dei motivos para que voltasse. E no dia que ele voltou, encontrou uma mãe saudosa e eu reconheci um filho mais livre, mais maduro e cheio de histórias. Se não tivesse voado, não as teria para contar. Foram dias de incertezas, de agonia , mas com a ajuda de uma zeladora que me fez por os pés no chão, eu venci o internato e o campo e aprendi que temos que viver um dia após o outro. Hoje, ele é um soldado e não mais um adolescente. Vi meu filho trocar o vídeo game por um fuzil, o Adidas por um cuturno, as noites de Netflix, por noites de guarda. Hoje, posso dizer que eu sinto orgulho da mãe que fui e do filho que eu criei.

Jaque, mãe do Anthony -Curitiba (PR)

Aprendi que não tenho mais domínio de tudo, meu pássaro criou asas e que o tempo é o senhor da razão e que devo sempre orar para que Deus ilumine a jornada e que fique tudo bem🙏🏼💚

Cris, mãe do Rafael – Porto Alegre (RS)

“Aprendi que ser mãe de recruta é guardar o choro prá depois; é esconder as lágrimas e me fazer de forte. São desafios e aprendizados todos os dias, são turbilhões de sentimentos – é choro, alegria, saudade, é espera, mas acima de tudo é o amor- , é a ida e a espera da volta, sem saber a hora certa da chegada, mas sempre esperando que volte bem, e a certeza do encontro para um forte abraço,um coração aliviado e uma benção mãe. Ah, ser mãe de recruta é orgulho de saber que esta metamorfose foi importante pra nós. Meu filho, você aprendeu um novo vôo, então bata as asas e voe alto, e se um dia quiser pousar, terás meus braços como seu ninho. Nosso mundo agora é verde🇧🇷

Rosana, mãe do Luan – Taubaté (SP)

“Aprendi sendo mãe de recruta a ser paciente. Escutar e entender o que o outro quer dizer antes de dar opinião. Que ser mãe não é ser absoluta. Posso errar, errar de novo…mas o importante é ter humildade e não continuar com a mesma insistência por teimosia. A humildade é o mais aprendi.

Luciana, mãe do Daniel – Vitória (ES)

“O que aprendi ao ser mãe de recruta é que nem tudo está ao meu alcance, que não posso mais proteger meu filho. Ele não é mais um adolescente, já é um homem capaz de se virar sozinho. Aprendi a ter paciência no momento de desespero e esperar que tudo vai ficar bem… É apenas um processo na vida que somente ele pode passar. De nada vai adiantar eu sofrer. Neste momento, preciso estar bem para dar carinho e apoio ao meu Recruta 💚💚💚

Obs: Aprendi tudo isso graças a Aline e seu projeto mães de Recruta. Gratidão por nos ajudar💞💞💞💞💞💞 Adriana, mãe do Breno – Curitiba (PR)

“De repente eu pisquei e meu filho estava no Exército. Está sendo difícil acostumar com a ideia, mas o nosso grupo, os amigos e familiares tem nos ajudado com isso. Estou aprendendo que meu filho é muito mais forte, fisicamente e psicologicamente, do que eu imaginava. Estou aprendendo que eu não tenho mais controle sobre meu filho, e que a opinião e as vontades dele devem ser respeitadas. Aprendi a orar pelos recrutas, a pedir que Deus que dê força, coragem e ânimo para todos eles.

Érica, mãe do João Vitor – Jundiaí (SP)

Ser mãe de recruta foi uma missão também imposta a mim desde o momento em que deixei meu filho naquele quartel entregando ele ao Exército Brasileiro. Aquele abraço apertado, aquele nó na garganta, o coração apertado ao deixá-lo ali porque agora ele iria iniciar uma nova fase em sua vida, aquele beijo na testa com aquele eu te amo mãe, me desmanchou. E ele seguiu sem olhar pra traz, e eu me vi perdida. Encontrei no face uma página chamada Bizu de Mãe aonde fui bem acolhida no grupo de WhatsApp aonde descobri o que era ser mãe de recruta.
Ser mãe de recruta é você perceber que seu filho é um homem e que é dono de suas escolhas.
Ser mãe de recruta não é só ver seu filho com aquela farda limpinha e cuturno brilhando.
Ser mãe de recruta é você aprender a lidar com as emoções, ficar na espera de uma ligação.
Ser mãe de recruta é viver o sonho do seu filho onde as vezes se torna amor e ódio.
Ser mãe de recruta é entender que você agora anda ao lado a lado do seu filho
Sendo mãe de recruta eu vivi a emoção mais linda depois do nascimento dele, que foi a entrega da boina onde ele conquistou e eu pude coroar meu filho, com lágrimas. E ouvi ele dizer: “eu falei mãe, eu falei pai que eu ia conseguir”. Ser mãe de recruta me fez aprender a confiar, esperar, acreditar, ter fé me fez ver o real significado da palavra orgulho.
Ser mãe de recruta me fez ver o homem forte e determinado que ele se tornou .
Ser mãe de recruta é perceber que você é o porto seguro do seu filho, aonde em um abraço você esquece o mundo, e ele recarrega suas energias.
Ser mãe de recruta é ser mãe de recruta…

Liliane, mãe do Davi – Ponta Grossa (PR)

Aprendi com você, meu filho, a ser humano único simples. Sem sua existência nossa família não teria sentido porque você nos deu força e garra pra vencer cada obstáculo.

Cissa, mãe do Kauã – Dom Pedrito RS

“Ser mãe de recruta foi do dia para noite que meu mundo desabou. Achei que minha vida tinha acabado.Como assim, meu Deus, perdi meu filho para o Exército…Os dias foram passando, respirei fundo e percebi que meu filho era homem e agora mais do que nunca tenho mais orgulho, respeito e admiração. Ser mãe de soldado é viver um dia de cada vez, e entender que sou sua mãe e não sua dona.

Josi, mãe do Gabriel – Curitiba

Rejane, mãe do Gustavo – Curitiba (PR)

Nívea, mãe do Renan – Curitiba (PR)

“Aprendi que a rotina não faz mais parte da nossa vida, que a adaptação é diária, sendo eu virginiana sempre procurei organizar minhas rotinas previamente, mas com um filho no quartel isso não acontece mais, e o que descobri com isso? Posso viver assim muito bem.Sempre soube que criamos os filhos para o mundo, mas quando chega a hora deles voarem, nosso coração se despedaça. Quando ele foi para o internato, eu fiquei literalmente sem chão, ainda mais por ele não ser voluntário, então tive que aprender a viver um dia de cada vez, e com o passar do tempo, pude acompanhar o crescimento e amadurecimento dele. Acho que levei um choque de realidade ao perceber que meu filho não é mais um menino e que perder esse controle sobre ele não é algo ruim. É crescimento para ambos. Acho que o mais importante foi entender que esse caminho é unicamente dele, que só ele pode trilhar, mas ao mesmo tempo que saiba que sempre estarei aqui para aquele abraço ou um colo de mãe quando precisar.

Elizeti, mãe do Gabriel – Bento Gonçalves (RS)

“Estou aprendendo a ser mãe de recruta. No primeiro momento quando soube, meu chão se abriu, passou mil e uma coisas na cabeça, veio a insegurança e o medo, mas foi uma decisão dele e como mãe apoiei e apoiarei. Sempre tivemos uma conexão muito forte e essa experiência nos uniu ainda mais. Aprendi a respeitar o espaço dele, o momento dele. Meu sentimento de resume em orgulho me preparando para um ano de muita evolução para ambos.

Vera, mãe do Lucas – São Leopoldo (RS)

“Algumas vezes chorar escondido mais não demonstrar que está com medo e ver em cada evolução dele a nossa também. Aprendi que não tenho mais um menino e sim um homem, a ter mais fé, confiança no potencial dele.Que não tenho controle e nunca tive controle de tudo.Aprendi o que é resiliência que é a capacidade de se adaptar em situações difíceis ou de fontes significativas de estresse. Na prática, quer dizer que diante de uma adversidade, a pessoa utiliza sua força interior para se recuperar. Aprendi que meu filho recruta é muito mais forte do que eu imaginava e muitas e muitas coisas que ainda vou aprender.

Anna Paula, mãe do Victor – São Gabriel (RS)

Ser mãe de recruta missão possível, mas requer fé, paciência, controle emocional, saber lidar com o desconhecido, com frustração viver cada dia de uma vez ,e ter a confiança no filho ,aceitar que ele já não e mais criança e sim que já se tornou um adulto, com toda responsabilidade de um adulto, mas filho você nunca estará sozinho, sempre onde você estiver poderá voltar para casa ,você nunca estará só Deus é contigo.

Angela, mãe do Pedro Henrique – Guaratuba (PR)

Ser mãe de recruta pra mim é travar uma batalha contra ansiedade de pensar como o filho está, e não ter domínio de nada. Com o EB aprendi que não adianta pensar no futuro, planejar algo, pois é tudo em cima da hora, um dia e de um jeito e já na noite tudo pode mudar. Uma caixinha de surpresa! O pior pra mim foi a sensação de arrancar meu filho de mim a força, pois ele não foi como voluntário. Acho um absurdo não poder decidir, não é fácil e mexe com todas as estruturas físicas e emocionais. Mais por outro lado, com meu filho a 2 meses nesse mundo VERDE OLIVA posso dizer que ele superou as expectativas dele mesmo. Hoje, meu filho está com um olhar diferente, e me emociono a cada passo novo que ele dá aonde só peço a Deus que ampare ele em cada desafio que virá a ter. Sei que ainda temos muito o que passar, mas estou aprendendo a lidar com esse novo caminho aonde temos variação de amor e ódio.

Silvia, mãe do Anthonyel – Araguari (MG)

“Ser mãe de recruta é uma mistura de sentimentos e sensações. É vibrar com uma simples mensagem, é chorar escondido dando força ao filho e, ao mesmo momento, querer tirar ele de lá. …Ser mãe recruta é aprender que não está nada mais ao alcance de nós, nem mesmo os braços do filho… Ser mãe de recruta é aprender que tudo tem início, meio e fim….Tudo tem seu tempo e que nada mais depende de nós mães. É acreditar que tudo vai dar certo e que seu filho agora é grande homem lutando pelos seus objetivos. Só resta a nos mães rezar, apostar, incentivar e acreditar que tudo dará certo.

Paula, mãe do Kauan – Santa Cruz do Sul (RS)

Este ano me tornei “mãe de recruta”. Nunca imaginei tal situação. Quando soube da notícia, meu mundo caiu, medo, incertezas, aflição…o afastamento por conta do internato, o desespero tomou conta de mim. Foi quando, fuxicando na internet sobre a vida dos soldados, que achei uma entrevista de uma mãe, que assim como eu, também tinha passado por tudo, o nome dela: Aline. Fiquei curiosa e busquei o blog, a página no facebook do Bizu de Mãe. E que achado!!! Mudou a minha visão sobre a “vida militar”. Acolheu meu coração, acalmou a minha aflição. Então embarquei nesse mundo verde. Sofri, mas sofri pouco, por que aprendi logo a ter resiliência. Nossa como eu aprendi muito e continuo aprendendo, graças a Aline com esse projeto maravilhoso Bizu de mãe. Mentalizei todas as coisas boas não só pra minha cria, mas pra todos os filhos de mães que estavam na mesma situação. Quando tirei essa foto com meu filho, foi quando ele venho pra casa pela primeira vez depois do internato. Encontrei um homem, firme, forte, com o coração cheio de amor e saudade, mais responsável, vibrante, o melhor presente!!!

Joice, mãe do Victor Hugo – Rio de Janeiro (RJ)

Como mãe de recruta Tenho aprendido sobre a força que o meu filho tem, e essa força vem do Amor livre que dedico a ele !!!

Claudia, mãe do Bruno – Ipameri (GO)

Ser mãe de um recruta é um privilégio sem igual, não há sensação que se compare, pois nada proporciona mais felicidade do que ver meu filho se superando e vencendo todos os dias. Claro que tudo mudou. Nosso mundo virou do avesso, dúvidas e incertezas que apertam o nosso coração. Mas ao mesmo tempo com muita fé e confiança. Aprendi muito!!! Hoje me sinto abençoada, cheia de orgulho do meu filho. Se minha vida hoje tem uma razão de ser, mãe é a maior de todas!!!
Gratidão a Deus.

Dalila, mãe do Gabriel, Recruta ROCHA ♡ – São José dos Campos (SP)

“Filho quando você nasceu foi uma mistura de felicidade, medo e incertezas. De como a minha vida mudaria e se eu iria conseguir fazer um bom trabalho como mãe … E hoje, vendo você, meu filho amado, minha vida, tão dedicado e responsável, meu coração transborda de amor e orgulho.
Dia 02/03/2022 iniciou uma nova etapa na sua vida… meu coração
pulsou fora do peito… ansiosa por uma simples mensagem de boa noite ou bom dia … Chorei de saudades…, mas orgulho de ver que meu menino cresceu. Mesmo com o coração apertado e preocupada se você estava bem, se tinha comido, se tinha bebido, ou dormido, só agradeci a Deus por ser tão responsável. Peço a Deus, a todo momento que te proteja, te dê sabedoria e prudência assim como a todos que estão com você. Quando pensar em desistir ou que não vai aguentar… lembre-se Deus está te guiando, você é capaz e sua mãe e seu pai está orando e torcendo por você. Seja feliz meu filho e supere cada obstáculo.

Fabiane, mãe do Guilherme – Barueri (SP)