Depois de pouco mais de 90 dias chegou a hora de perguntar para as mulheres que confiaram no Bizu de Mãe: o que é ser mãe de um recruta? E a tarefa de casa foi feita direitinho. Estão aí cada um dos relatos das que toparam a experiência e deixaram a vergonha de lado.
Boa viagem nessa jornada. Para quem está dentro ou fora, existe uma certeza. Este será o ano mais diferente e intenso da vida. Senta, pega a pipoca/ o chimarrão/ a bolacha trakinas e aproveita as lembranças que ficarão para o futuro. Todas juntas e misturadas, e do fundo do coração. Feliz dia das Maes.
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O que é ser mãe de recruta? É uma pergunta simples, mas com uma resposta complexa, confusa e difícil. No primeiro contato com a informação, um sentimento de medo, angústia, desapego. Como assim? Meu filho, que nunca saiu de baixo das minhas asas, agora vai passar 25 dias longe.Vai comer mal, dormir mal. E se ficar doente? Quem vai cuidar? Ufaaa, passou! O momento do reencontro é único, é mágico, cheio de saudades e angústia. Tá magro, abatido, com olhar firme, algo mudou! Não reclama. Só leva a vida de recruta obrigado, porque ele não queria. Mas não teve negativa. E lá está ele. Dias e noites de guarda. Novamente o sentimento de medo. O que está acontecendo lá naquele quartel, frio, escuro, sem ninguém para lhe amparar? 12, 24, 36 horas sem dormir, como assim?A primeira guarda passou, vem a segunda, terceira e assim seguimos. Acostumamos? Quem sabe, mas não temos mais medo, pois ele tá firme, forte e guerreiro. Passando por tudo isso com a cabeça erguida, os olhos sao somente em busca do fim de tudo isso. Chega logo janeiro 2024! Opa..tem o campo ainda …mãe não tem um minuto de paz. Chega a lista, 5 dias, e agora? Voltamos com a roda gigante de emoções. Medo, angústia, desapego. Vai chover? E o frio? A fome? Desgaste físico e mental, ele vai aguentar? Meu filho vai voltar para o meu colo? Paro por aqui, uma nova história Deus tem para ele.
Lucas, meu recruta, estarei sempre aqui, nos bastidores, torcendo, vibrando e orando sempre 🙏🏻.
Um único desejo, a baixa, e a certeza de que tudo tem começo, meio e fim. ANDRESSA – SD. CARDOSO – CURITIBA (PR)

É como estar em uma gangorra, principalmente lá no início do internato foram muitos dias de altos e baixos. As preocupações quase tomando conta, mas com a ajuda do Bizu de Mãe as coisas foram melhorando e fui aprendendo a lidar com a situação e vendo que através do EB iríamos aprender muito, tanto eu como meu filho. Tinha dias de ligações que eu ficava triste com os relatos, mas buscava algo de bom. Quando ele foi liberado para passar um fim de semana em casa, ouvi que era um ferro sendo forjado e para isso acontecer era nescessário passar por tudo que estava passando. Assim, fui entendendo até que chegou o dia para o campo. Nossa, fui com minha gangorra para baixo, preocupada se ele estava bem, e lá veio o Bizu de Mãe para me auxiliar e fazer minha gangorra subir novamente e aprendi que não tenho controle de nada. Quando ele voltou do campo foi tão lindo ao ver meu filho realizado, que tinha conseguido superar os obstáculos e dificuldades. Isso não tem preço. Quando ele vinha e me falava: “você vai ter orgulho de mim; eu sempre respondia “eu sempre tive orgulho de você. Agora é hora de se orgulhar de você mesmo!!! E foi isso que aconteceu. Agora ele me diz “tenho orgulho de mim !!!” Isso não tem preço para uma mãe. CATI, SD KNORR – PORTO ALEGRE (RS)

É olhar para o filho e ter a certeza que fez um bom trabalho, pois seu filho cresceu e se tornou um homem responsável. É uma mistura de sentimentos de ao mesmo tempo, saber que o filho criou asas e é capaz de voar sozinho.Todos os dias me surpreendo com sua dedicação, foco, força e determinação. Ser mãe de recruta é encarar desafios, é deixar o choro pra depois, e aprender ser ombro amigo, o incentivo nas horas difíceis. Amo meu filho Murilo e o apoio em tudo, sou sua maior torcedora ❤️FATIMA SD. TERTEROLA – DOM PEDRITO (RS)

Ser mãe de recruta é na verdade um mix de sentimentos. Primeiro vem a tristeza pela separação nos dias de internato, mas depois a alegria de reencontrá-lo. As crises de ansiedade, preocupações, desespero na semana do tão temido campo, mas o orgulho no retorno. Orgulho por saber que ele sofreu, teve dificuldades, mas enfrentou os medos e está em casa novamente.
Meu filho, minha vida, meu orgulho!!! ❤️GISELLE, SD GIAVERA – SÃO PAULO (SP)

Confesso que hoje, dia 2 de maio, 2 meses depois que meu filho incorporou no EB, posso dizer que estou bem e orgulhosa. Orgulhosa pela força e dedicação dele, que me surpreende a cada dia dando o seu melhor, mesmo estando longe dos seus sonhos.
Meu coração hoje é calmo 🙌 Quando ele vai para o quartel, o vejo indo para qualquer outro “trabalho”. Para ser sincera, achei que demoraria muito mais para eu superar aquele sentimento ruim, sentimento de perda, de judiação, graças a Deus e ao Bizu de Mae entendi que não tem que ser assim, nós mesmo que criamos esses tormentos, agora vejo meu homem responsável, lindo e forte de farda e meu coração pulsa de alegria 🪖❤️HOSANA, SD. KEVYN – CAXIAS DO SUL (RS)

Nos primeiros dias foi difícil pois já tinhamos ficado longe por uma semana. Mais nunca sem uma mensagem “oiê mãe tou bem, te amo.” Mas graças aos anjos que Deus deixou na terra, chamado Aline, coloquei na minha mente que esse recruta é forte e capaz. Estou vivendo um dia de cada vez e amando e o admirando cada dia mais. Meu amor! KATIA, SD. EDUARDO – CURITIBA (PR)

Definitivamente eu não imaginava a intensidade de um amor de mãe, até me tornar mãe de recruta. Entregar o meu primogênito para o Exército Brasileiro foi tão doloroso, nunca imaginei que seria assim. Aquele medo me paralisou, entrei em um novo mundo onde não sabia nada, não tinha conhecimento algum sobre o assunto. Mas respirei fundo, parei de chorar. ( Sim!! foram duas semanas intensas de lágrimas) e tentei entender aquela velha frase.. “Criamos filhos para o mundo”. Tenho certeza que meu filho vai aprender muito como soldado. Mas eu nunca mais serei a mesma mãe de antigamente, meu Deus como eu tenho aprendido com tudo isso. Ser mãe é amar, cuidar, proteger, mas também é deixar seguir o seu próprio caminho.
Filho, vá cumprir o seu alistamento obrigatório que eu estarei aqui te aplaudindo, sorrindo e às vezes chorando também, mas feliz pela sua força, garra e determinação. RENATA, SD. LUCAS GABRIEL – JATAI (GO)

Em casa, todos sempre achavamos lindo os eventos do exército, porém não desejávamos que os nossos filhos fossem servir. Quando o Lucas foi escolhido foi um grande susto para a gente, principalmente para mim como mãe. Sempre fui uma mãe super protetora, super cuidadora e agora tinha que passar por esse momento de “corte de cordão umbilical” e com ajuda da Aline e das outras mães do grupo Mães de Recruta, eu tenho conseguido passar por esse momento. Nos primeiros dias foi bem difícil, foi bem sofrido para mim, mas conforme ele ia me dando notícias e falando que estava bem, que estava gostando, eu fui me acalmando e colocando outras atividades para ocupar a mente. No campo eu estava bem tranquila, porém no meio da semana, quase no final da semana, na quinta-feira à noite choveu muito forte, um temporal muito forte e aquela agonia. Mesmo eu tentando ficar tranquila não conseguia, é coisa de mãe, não adianta. Na sexta-feira à tarde, ele me avisou que uma árvore tinha caído sobre eles, o colega dele foi atingido diretamente pela árvore, ele só com o impacto, foi jogado para trás. Então eles foram levados ao hospital geral para que ficassem em observação, o colega dele passou por cirurgia no joelho, quebrou o tornozelo e teve duas costelas fraturadas. Quando eu fiquei sabendo de tudo isso eu sabia que aquela minha agonia não era à toa. Depois de ver ele no sábado, na entrega da boina, foi tranquilizador. Sabia que ele estava bem mas eu tinha que ver, pegar, para saber que estava tudo bem. Graças a Deus ele estava inteiro e muito fortalecido pelo campo que ele passou. VIVIANE, SD FIGUEIREDO – CURITIBA (PR)

Ser mãe de recruta!! Oh meu Deus ,difícil viu, é tanta informação ao mesmo tempo, tantas emoções que afloram, aprendizado rápido de sobrevivência de ambos os lados. Você acha que está preparada, mas do dia pra noite te tiram o poder de decisão. Mesmo não sendo criança, todos nós precisamos em um prazo de tempo para entender que a fila anda para o processo acontecer! Confesso que dói, machuca, sangra! Mas ver que seu filho se superando, te surpreende. Que os ensinamentos ajudaram a formar um ser humano capaz de tantas coisas, se descobrindo em um mundo cheio de coisas novas boas e ruins, pois assim é a vida!! Orgulho resume o que sinto por você meu filho. SARA, SD. LUDGERO – CURITBA (PR)

Ser mãe de recruta é perder o controle no começo, mas depois é muito orgulho de ver o homem que você está se tornando. Fico ansiosa pra saber como foi o seu dia, tudo o que tem vivido, e todo o aprendizado. KARINA, SD. MIRANDA- JUNDIAÍ (SP)

A maternidade e suas mil facetas, me trazendo mais um desafio! Após 19 anos da emoção de ter meu filho nos braços pela 1° vez, chegou o dia em que ele se tornou recruta! E o desafio de deixá-lo voar, crescer, desapegar…É aprender isso na marra, sem muitos planejamentos, sem tempo…Dias tensos, intensos, intermináveis.. Rotina agitada e cheia de incertezas. A loucura do choro espontâneo, da insônia, aquele turbilhão de sentimentos todos misturados. Mas depois vem o acalento do pensamento nos dizendo lá no fundo que “nenhum esforço é em vão, e a recompensa vem no tempo certo!”
O quão poderoso é o “sentir”… Sentir orgulho, prestígio, honra, AMOR…
Ser mãe de recruta é tudo isso e muito mais… É amar acima de tudo, é sofrer, é chorar, é se orgulhar, é adotar filhos que não saíram do meu ventre, mas se tornaram do coração, é preocupação incessante, é um esperar eterno, é oração, é gratidão! Mas sei que o meu amor agora veste uma farda, e aquele meu mundo que era azul, hoje é verde oliva! VANUSA, SD BORGES – PONTA GROSSA(PR)

Ser mãe de um soldado é uma mistura de sentimentos. Ficamos felizes, choramos. Tudo ao mesmo tempo porque não estamos preparadas para ficar longe e ver eles crescerem tão rápido. Quando vi ele saindo de casa com uma bolsa para ficar pela primeira vez longe de casa, por 2 semanas cai na realidade de que realmente meu filho tinha crescido. Tenho que ser forte para transmitir tranquilidade. Mas, quando entramos em casa choramos. Não é fácil para uma mãe admitir que eles já não dependem mais tanto assim de nós. Ficamos felizes quando ele liga e fala que está bem. E, acima de tudo, com muito orgulho ao dizer que o meu filho é um soldado do Exército Brasileiro. 🇧🇷 JOICE, SD. GABRIEL – POUSO ALEGRE (MG)

Ser mãe de recruta está sendo uma grata surpresa. Em meio às incertezas, angústias e medo surge um sentimento maior de orgulho e coragem por cada conquista. É uma sensação de missão cumprida. É chorar quietinha mas deixar fluir, mudar a estratégia, tentar a cada dia ser ousadamente confiante nele e em mim – devo isso ao grupo❤️
É reconhecer que meu filho é forte e capaz! E COMO! Mesmo com a sensação de estar soltando a mão dele, sinto que nossa conexão aumentou. Fica o sentimento de gratidão e certeza que meu soldado vai passar por essa experiência ainda mais seguro, resiliente, responsável e humano. SIMONE, SD. RAFAEL – PORTO ALEGRE (RS)

Ser mãe de recruta é aprender cotidianamente, aprender a abrir mão da companhia, a esperar…É superar o medo do desconhecido, bloquear pensamentos negativos e controlar a imaginação.
Ser mãe de recruta é superar a incerteza porque não há uma rotina certa; é muitas vezes transmitir uma coragem absurda, uma coragem que as vezes inexiste no momento, é sentir a esperança em cada chegada, e também em cada despedida, mas aquela esperança que vem do verbo esperançar. Ser mãe de recruta é ter fé no filho e acreditar que é possivel apesar das adversidades do caminho. Melhorar-se como ser humano,é deixar crescer, deixar ir , é silenciar para deixar o outro ter histórias para contar. TAIS, SD. ANTONIO – CACHOEIRA DO SUL (RS)

Ser mãe de soldado é entrar num mundo novo completamente diferente do que estamos acostumados a viver. No começo não é nada fácil porque ainda não estamos preparadas em ver nossos meninos se tornarem homens. Ora choramos, ficamos preocupadas por coisas que eles poderão estar passando e se estão preparados, rm outras horas ficamos felizes e orgulhosas em ver no que nossos filhos estão se tornando.
O que está me ajudando a passar por essa fase é o apoio do grupo Bizu de mãe, onde me sinto acolhida e estou aprendendo a superar cada etapa, e lidando com todos os sentimentos que parecem ampliar na ausência do filho, na falta de notícias. Mas creio que tanto ele como eu, passaremos por esta etapa mais fortalecidos. Gratidão! Mundo Verde. Bizu de Mãe! 🌻VANESSA, SD. MIKHAEL – JAGUARAO (RS)

Dizem que quando nasce um filho, nasce uma mãe…. Mas ninguém nunca me falou sobre quando nasce um recruta…..Você acha que já sabe de tudo, até que seu filho se torna um recruta. A única coisa que eu entendi, a princípio, é que eu não sabia nada, nem sobre mim, nem sobre meu filho 😆 E ainda estou aprendendo!Eu renasci, à força, assim como o homem que se forma nele. Eu renasci em dor, em saudade. E como no ciclo da lagarta e borboleta, me fechei em um casulo, para que eu pudesse me olhar por dentro, mas as asas que bateriam para alçar voo, não seriam as minhas. Ser mãe de recruta é aprender que o olhar é capaz de transformar qualquer situação. Se os seus olhos são bons, todo o resto será. O olhar transforma… dor em aprendizado, pena em orgulho, menino em homem, fraqueza em força, incertezas em fé, mas o mais importante, sofrimento em empatia. O olhar mais bonito, é o “olhar para o outro”. Nasceu em nós o olhar de respeito. De superação. De coragem. O extraordinário está em todas as coisas. Ser mãe de recruta é olhar de perto, bem de perto porque detalhes são importantes. Obrigada Aline, pelo seu olhar 🙏🏼😍 MYRA, SD. GRECCO – POUSO ALEGRE(MG)

Eu sou uma mãe de um quase recruta. Meu filho lesionou o joelho, bem no inicio, e precidou ficar afastado. Mãe de recruta não completa, não interessa, sou orgulhosa do mesmo jeito pelo meu filho ter conseguido. Afinal, muitos nem foram selecionados. Por mais que eu não esteja vivendo todas as emoções tínhamos imaginado, me sinto orgulhosa do mesmo jeito. E pronta para as novas fases que virão pela frente. MICHELLE, SD. SEEMANN – CURITBA (PR)

Ser mãe de recruta…
É sair pesquisando e procurando mães que estão na mesma situação …
É quase enlouquecer durante o internato.
É olhar no telefone a cada 3 minutos esperando por uma simples mensagem falando: “Mãe estou bem…” Mensagem que na maioria dos dias não chegava, e fazia o coração apertar cada vez mais.
É ouvir histórias de outras pessoas e imaginar que seu filho está passando por algo parecido.
É chorar em uma noite fria onde seu filho está no campo e você sentir-se culpada, por estar em casa no quentinho, enquanto ele está no frio e molhado…
Mas também é…
Ver que seu filho foi muito mais maduro que você durante esse período, porque teve força, persistência, resiliência para buscar o sonho dele mesmo com cansaço, privação de sono, dores, mas sempre…sempre com o sorriso no rosto, e com a sensação de dever cumprido.
É lembrar da frase que ele colocou no status antes da incorporação:
” Um degrau de cada vez”
É ver a mudança a cada dia…
É sentir um orgulho a cada vitória, a cada conquista, a cada FO positivo…
É aprender um novo dialeto, e quando também percebemos falar como militares.
É ver que seu filho se preparou para ser militar e saber que um dia ele sentirá orgulho da mãe por estar a cada dia também aprendendo a ser mãe de recruta…
Palavras escritas sempre serão pequenas perto do meu olhar de mãe quando vejo ele fardado…
Ser mãe de recruta na verdade são tantos sentimentos que palavras não definem.
Só orgulho do SD Dos Santos
Aço…Boina preta Brasil… DAIANE, SD. DOS SANTOS – PORTO ALEGRE (RS)

Ser mãe de recruta é o corte do elo de uma forma brusca, como eu nunca imaginei viver! É entender na dor que eu não tenho domínio de nada, em relação a vida do meu próprio filho; é um choro incontrolável em imaginar ele no campo em uma semana chuvosa e fria! É chorar e compreender que esse choro de mãe também não vai adiantar em nada, pois eu não posso mudar a situação. É uma mistura de sentimentos que estou aprendendo a lidar! É abrir os olhos e rezar pelo meu filho e pelos filhos de todas as outras mães! É contar os minutos para ver ele, e torcer apenas que esteja bem! É muitas vezes questionar o processo, mas ao mesmo tempo um orgulho enorme do homem que meu filho está se tornando! CLAUDIANE, SD. KUNZLER – SÃO LEOPOLDO (RS)

Ser mãe de recruta é mais do que acompanhar a nova fase do filho. Eu vivi a angústia de não ter notícias , de ficar apreensiva pela forma como ele ia lidar com o ambiente outrora desconhecido. Ao mesmo tempo, via crescer nele um homem destemido, pronto para novas aventuras rumo ao desconhecido. Mesmo com medo, querendo viver a nova experiência. Eu chorei , chorei muito, li tudo que existia a respeito , procurei vídeos que me deixaram temerosa e, por decisão própria, resolvi que junto com ele precisava também amadurecer, confiar que o autor da vida estava escrevendo a história e que por mais medo do futuro que eu tivesse, em nada evitaria o que ele iria viver. Achei que ele não sobreviveria nem uma semana no EB. Que tola eu fui. Eu não imaginava que tinha parido e ensinado aquele menino a ser forte física e mentalmente. Mais do que eu podia imaginar .Quando me perguntam o que é ser mãe de recruta? Eu só digo: se permita viver essa experiência, e se tiver medo, excelente vá com medo mesmo , você está preste a ter uma lição grandiosa. Um ritual de passagem com direito a sentar na primeira fila para ver seu menino se transformar de recruta para um soldado, forte, um homem de valor. O caminho é cheio de percalços mas as experiências valem a viagem. OKSANA, SD FERREIRA SILVA – RESENDE (RJ)

Ser mãe de recruta não é missão tão fácil, você precisa aprender a lidar com os medos, inseguranças, com as emoções “de amor e ódio” desse mundo camuflado . Resignificamos nossa ” missão de mãe” , que para mim é impulsionar, incentivar os filhos a voar, buscar e alcançar seus objetivos, andando ao seu lado para ter a certeza de que sempre terá um porto seguro para aportar, onde terá sempre um abraço e o aconchego de mãe. Nesse mundo VERDE OLIVA vi meu filho trocando o violão pelo fuzil, o CLJ ( liderança juvinil) pelos irmãos de farda, algo antes inimaginável, mas estamos nos adaptando. Imenso orgulho da sua determinação, força e superação. Minha prece para que Deus te acompanhe e proteja sempre 🙏!! SANDRA, SD HERMANN – SÃO GABRIEL (RS)

Nunca imaginei q meu filho iria para o exército e eu de sentir tantos medos. Quando vi o Erick entrando no quartel e sabendo que não poderia falar com ele e nem ter notícias, muito menos ligar, me bateu o desespero, medo do que poderia acontecer e uma impotência enorme. Eu queria tirar ele de lá de todo jeito. Precisei de muitos conselhos do Bizu de Mãe para passar a conhecer mais sobre o Exército, sobre como funciona e de como deveria agir, e também aceitar e por na cabeça que ele está bem, que ele cresceu e sabe se virar sozinho. Ele não precisa mais de mim para resolver as coisas por ele ou pra ele. Dói muito quando você vê isso que ele se vira perfeitamente bem sem você, mas ao mesmo tempo dá uma alegria por ver o crescimento dele e a responsabilidade. Feliz por cada conquista e por cada aprendizado seu meu filho. SUELY, SD. OLIVA – CURITIBA (PR)

Ser mãe de recruta é viver em uma roda gigante de emoções. Emoções essas que jamais pensei viver, pois acreditava já ser madura o suficiente para lidar com qualquer situação. Aí chega os 18 anos dele, o EB, e muda tudo isso.
Ser mãe de recruta é sorrir e chorar sem saber se é de nervoso, felicidade, tristeza ou saudade! Essa palavra, saudade…dói… laranjeira ou não, ela se faz presente em todo o coração. Somente quem passa por essa experiência vai entender e amadurecer na palavra RESILIÊNCIA, pois todo dia teremos que se adaptar à novas situações, informações, ou a falta delas. Mas o que conforta é saber que o filho cresceu e estamos juntos aprendendo a lidar com essa nova fase chamada EB! MÁRCIA, SD RENATO, QUARAÍ (RS)

Ser mãe de recruta é viver um misto de sentimentos e o que fazer para entender que aquele bebê que se transformou de criança, em adolescente e agora um adulto? Foi preciso romper barreiras com o meu próprio eu para entender que o menino de ontem se transformou num homem e que não precisa tanto de mim! Foi um processo dolorido mas suportável, pois ao vê lo fazendo as coisas do quartel sozinho, entendi que a dependência era mais minha do que dele! Por diversas vezes ainda me vejo tentando interferir em muitas situações da vida dele e hoje eu só posso lhe dar conselhos e a decisão será exclusivamente dele. Sei que o amor que sinto por esse recruta continua sendo um amor infinito e disposto a permitir que ele lute pelo seus sonhos e ideais! Hoje entendo que amar também é dar liberdade! Mãe de recruta! Amo mais que o dia de ontem! Ser mãe de Recruta é permitir que seu filho crie
Responsabilidade
Adquira Experiência
Seja Corajoso
Tratando as pessoas com Respeito
Sempre em União com
Tolerância e Amor pelo próximo!
LUCIANA, SD. IVAN – CURITIBA (PR)

Ser mãe de recruta não é fácil. No dia em que você foi para o quartel, senti um aperto enorme o peito, parecia um novo parto mas com uma diferença que você não ficaria protegido em meus braços. Percebi que a partir desse dia nada seria como antes. Você voava do ninho para se tornar um homem independente. Os dias foram passando e arrumei forças entre o amor e o ódio sabendo que tudo vai passar e o amor vencerá. Aprendi que meu mundo azul bebê se transformou em verde oliva, aprendi que não estou sozinha e em meus momentos de aflição começo a orar pra Deus e pedir por você, pelos outros recrutas, por outras mães… Aprendi a guardar o choro e ser forte pois sei que meu amor é incondicional, estou me lapidando aos poucos e sei que no fim de tudo meu maior tesouro vai ser sempre meu grande herói 💚 MARILENE, SD LUCAS SILVA – LINS (SP)

Ser mãe de recruta é viver um dia de cada vez com os seus altos e baixos.
É um turbilhão de emoções que estou aprendendo a lidar.É constatar que meu menino se tornou um Homem. Sem dúvidas é um divisor de águas, tanto para o filho quanto para a mãe.É a sensação de dever cumprido. Obrigada meu filho 💚JULIANA, SD PAULO EMANUEL – MONTES CLAROS (MG)

É difícil colocar em palavras tanto mistura de sentimentos. Permanecer em equilíbrio quando nada mais está em ordem…a ansiedade toma conta , sorrir quando você quer chorar…. É saber que você cresceu e também é do mundo…mas ao mesmo tempo querer estar perto … abraçar e proteger… Só a gente sabe o alívio de uma mensagem (oi, mãe tô bem e você?) a alegria de uma ligação e a emoção de um abraço cheio de saudades…tantas coisas para conversar, aquele entusiasmo de contar as novidades, risadas e medos… Quando você chega, a alegria toma conta da casa, tudo se torna leve, fácil e descontraido, mas o fim de semana passa e você tem que voltar pro quartel….aí vem o medo, a ansiedade, tudo de novo….eu sei que você está no caminho certo…eu sinto o maior orgulho do meu guerreiro. Mas eu sou mãe, eu sou a sua mãe e tenho meus medos e inseguranças, e eu quero o seu melhor. Te amo de todo meu coração. CARLA, SD BAUGARTEN – SÃO GABRIEL (RS)

Pensei, e pensei muitas vezes qual seria a resposta para esta pergunta. Parece uma pergunta tão simples mas tão difícil de responder. Após buscar nas minhas memórias tudo o que senti desde o dia em que meu filho embarcou com destino ao quartel, posso dizer que ser mãe de recruta é viver uma “montanha russa” de emoções. Sim, porque são tantos e tantos sentimentos sentidos, que fica difícil de explicar. Tem aquele primeiro sentimento de DESESPERO, sim, isto mesmo, desespero por ter seu filho arrancado do convívio da família, dos meus braços, dos meus cuidados, dos meus olhos, é um corte umbilical muito rápido. Tem o sentimento de INCERTEZA, de como meu filho vai lidar com essa nova situação pra ele, tem o sentimento do MEDO, do desconhecido, porque nenhum de nós dois conhecíamos este mundo novo. Tem o sentimento de FELICIDADE, quando nos reencontramos e TRISTEZA quando meu filho volta para o quartel. Mas também a surpresa de quanto ele me surpreendeu ao mostrar pra mim que já pode se “virar” sozinho, o quanto ele ta conseguindo se superar, tanto que me diz que o campo “não foi tão ruim assim, achei que fosse pior”, e eu aqui agoniada com o “sofrimento” dele no campo. Enfim, ser mãe de recruta é sofrer por antecipação, é esperar, esperar e aprender a respirar e ter a certeza que tem a hora certa para tudo. Inclusive hora certa para sofrer e ser feliz. E pode ter certeza Aline, que o grupo Bizu de mãe me ensinou a ser uma mãe de recruta. GRATIDÃO.❤ CATIANA, SD JABRIEL – LAJEADO (RS)

Ser mãe de recruta é ter medo ,dúvidas, angústias diárias e ver q de um dia para o outro seu filho cresceu,saiu do berço e agora é um homem q dá seus primeiros passos rumo a vitórias . CECILIA, SD VINICIUS – RIO DE JANEIRO (RJ)

Sempre soube da dimensão do amor de ser mãe ,mas nunca imaginei que iria muuto além, até vc se tornar Recluta. Ahhh, NÃO sabia que iria sentir uma dor que não se compara a nada, creio que é o desligamento do cordão umbilical! Minha vida deu um giro de 360graus!! Mas a separação e por uma Boa causa ,eh como é né meu amor!!!era teu sonho ,queria tantoo e lutou por isso, HOJE sinto e tenho um orgulho imenso!!! Só os fortes estão lá, é Vc É!! Estou aqui torcendo e rezando todos os Dias por vc filho!! Te amo ❤Te amo muito ❤ CLAUDIA, SOLDADO CABRERA – CURITIBA (PR)

Ser mãe de um recruta é sentir o coração na mão, saudade apertando a cada dia. Dias longos, noites em claro. Para o coração de uma mãe solteira, de filho único, é difícil. Foram vinte dias de internato. No sétimo dia de internato ele me manda mensagem dizendo que não conseguia mais. Foram vinte dias de saudades. Coração apertado, ansiedade, choro, nervosismo. Com o tempo fui entender que a gente deixa o filho um menino no quartel e ele nos entrega um homem. Cada dia me orgulho do meu filho e agradeço a Deus por ele ter suportado, por eu ter aguentado. Pelo conhecimento com o Bizu de Mãe entendi muitas coisas e estou mais tranquila. DEIA, SD KAYKY – RIO DE JANEIRO (RJ)

Ser mãe de recruta é ser forte e logo em seguida se vê chorando de preocupação, se perguntando se o filho comeu, dormiu se está com frio etc… A fase inicial foi super tranquila até que chegou o tal internato onde descobri que se podia sentir novamente o vazio de quando o bebê é tirado do ventre. Quem sentiu esse vazio, irá entender o que digo. Foram dias angustiantes onde me vi de joelhos dobrados, chorando durante horas e dias. As madrugadas já não eram as mesmas e só ouvia falar que o pior estava por vir que era o tal temido campo. Foram cinco dias e quando meu recruta retornou não tivemos nenhuma lágrima e somente risos, porque tanto pra ele hoje, soldado do EB, quanto pra mim, mãe de recruta, avaliamos que o internato foi pior. Vejo como Deus tem sido maravilhoso e tem cuidado de tudo nos mínimos detalhes. Nunca duvide de que é possível superar limites e de que aos olhos parecem impossível de transpor, é possível sim. Sou mãe de recruta com muito orgulho e gratidão. CINTHIA, SD IGOR – RIO DE JANEIRO (RJ)

Ser mãe de recruta é ter o coração pulsando fora do peito, são tantas incertezas e o medo do desconhecido nos amedronta, mas o amor pelo filho e o apoio da Bizu nos tira da tempestade e nos mostra que é sim uma felicidade ver que nossos filhos são bem mais fortes que supomos, pois afinal já são homens e vemos todos os dias a superação dos medos, os desafios vencidos com muita luta e muita resiliência, então só posso concluir quer ser mãe do Vinicius é ter todos os dias a renovação do amor mais puro. ADRIANA, SD PACHECO – SÃO PAULO (SP)

Como mãe de recruta aprendi que não temos controle de nada, pois nunca imaginamos ele no Exército, porém de repente estava ele indo para longe de mim e dos meus cuidados. Tendo que aprender a se virar sozinho em um mundo totalmente desconhecido. O desespero tomou conta de mim, um dos piores dia da minha vida foi o dia que deixei ele no internato. Chegando em casa, comecei a vasculhar Internet e logo encontrei o bizu de mãe, graças a Deus, pois não sei como teria sido sem o apoio da Aline. Ser mãe de recruta é como ser mãe pela primeira vez, um mundo novo totalmente desconhecido, cheios obstáculos e desafios, ao qual você vai se adaptando a cada dia. Aprendi também que precisamos de muita fé e pensamentos positivos. Hoje vejo que ele é mais forte do que eu jamais imaginei, me surpreendo a cada dia com sua força e determinação.
RITA, SD SAMPAIO – BARUERI (SP)